Em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, a busca pelo aperfeiçoamento de produtos e processos é sem dúvida uma das principais metas para qualquer empresa.
A melhoria contínua da produtividade e da confiabilidade dos sistemas de produção é crucial para garantir a sobrevivência dos negócios e, para isso, o investimento em melhores soluções de gestão, planejamento, programação e controle da produção se torna crucial.
Dentro deste contexto, do ponto de vista da liderança de supply chain, equilibrar a busca pela eficiência e produtividade aos investimentos em melhorias de processos, tecnologia e infraestrutura torna-se imprescindível quando falamos em gestão da qualidade, devendo fazer parte da estratégia de governança das empresas. E é neste ponto que passamos a falar sobre o alinhamento de prioridades para um melhor gerenciamento da qualidade e redução dos custos da não conformidade.
O que é uma “não conformidade"?
Do ponto de vista conceitual, a não conformidade é uma falha que pode estar atrelada a um serviço, produto, processo, insumos produtivos ou ao próprio sistema de gerenciamento de uma empresa.
Em outras palavras, podemos dizer que a não conformidade ocorre quando algo não atende às especificações ou requisitos definidos por normas e procedimentos internos da empresa ou por atores externos, como consumidores, clientes e órgãos reguladores.
Como efeito, tais problemas são identificados em auditorias internas ou externas, no momento da inspeção de entrada de materiais na fábrica, durante atividades de teste e medições de rotina ou, o que é sempre o pior cenário, por clientes que, insatisfeitos com o produto ou serviço, efetuam reclamações.
Mas, afinal, como avaliar o custo da não conformidade?
Podemos dizer que os custos gerados pela não conformidade podem ser classificados como de origem interna ou externa.
Como de origem interna, podemos definir aqueles associados às não conformidades encontradas antes da expedição do produto ao cliente ou distribuidor. Para o caso do setor de serviços, o mesmo se aplica para a descoberta da falha antes da prestação do serviço efetivamente. Neste caso, os custos atrelados são, por exemplo, os de correção, pois implicam retrabalho (tempo), desperdício de materiais, ações corretivas emergenciais, melhorias de processos, reforço na capacitação das equipes, ajustes de máquinas, entre outros.
Por outro lado, os custos de origem externa são aqueles ocorridos quando um produto ou serviço que apresenta uma falha chega até o cliente ou consumidor final, acarretando devoluções, reclamações, recalls, atendimento à garantia, além dos impactos negativos na marca do produto e na imagem corporativa da empresa.
Neste sentido, não devemos perder de vista que tais custos também devem ser pensados como quantitativos (facilmente mensuráveis) e qualitativos (de difícil mensuração). No caso dos custos de origem interna, podemos dizer que são mensuráveis porque envolverão tempo e dinheiro e isso pode ser traduzido em números com certa facilidade.
Já os de origem externa, além dos impactos mensuráveis como o custo de recolhimento, transporte e troca de produtos não conformes, envolvem também aspectos qualitativos muito relevantes, podendo colocar em risco a saúde dos consumidores e afetando diretamente a imagem de uma marca construída ao longo de muitos anos. Nestes casos extremos o impacto é imenso, de difícil mensuração em números, mas que podem até causar o fim do negócio ou da empresa.
O valor da Governança: evitando não conformidades
Após os pontos destacados acima e compreendidos os riscos envolvidos, você deve estar se perguntando como deve proceder para evitar que uma não conformidade acarrete custos indesejados para o seu negócio, certo?
A resposta para essa pergunta passa pela implantação de um sistema robusto de governança da qualidade. E, ao tomar essa medida, é necessário saber que ela irá gerar também um custo para sua empresa, que deve ser visto pelos gestores e acionistas como um investimento na sustentabilidade do negócio no longo prazo.
A gestão efetiva da qualidade pode garantir melhores resultados para seu negócio, agregando valor aos seus processos, uma vez que os riscos e custos da não conformidade são imensos. É preciso pensar na Governança da Qualidade como um investimento fundamental para o futuro do seu negócio.
Como esse é um assunto amplo, complexo e que envolve muitas variáveis, para evoluir de forma efetiva, trataremos dele em um post específico em breve. Fique atento e acompanhe nossas postagens para não perder nenhuma novidade!